domingo, 19 de junho de 2011

Palácio da Resistência usa “laranja” em ação contra TV Mossoró



Onézimo Oliveira Morais assina a ação popular que tenta impedir a TV Mossoró de veicular apoios culturais e tirar da sua grade de atrações programas como o "Observador Político" e o "Mossoró Comunidade", programas que para a direção da emissora não diferem da TVE e TV Cultura.
A figura de Onézimo tem sido vendida pela mídia ligada ao Palácio da Resistência como um cidadão abnegado livre de qualquer interferência política. A informação não procede. Onézimo é diretor da Agência II da Fundação para Geração de Emprego e Renda (Funger), localizada no bairro Bom Jardim, no prédio onde funcionou a Plasmol. Sua nomeação ocorreu em 2 de março de 2009 através da Portaria 476/2009 publicada no Jornal Oficial do Município (JOM) de 6 de março daquele ano. Para exercer a função, ele recebe pouco mais de R$ 1.200 conforme prevê a tabela da Prefeitura de Mossoró para cargos de terceiro escalão. Ele já fizera parte da primeira administração da atual prefeita executando serviços técnicos profissionais é o que consta na exoneração dele publicada em 31 de dezembro de 2008. Na rede social "Likedin" ele se idêntica como "diretor da Prefeitura de Mossoró".
A história de Onézimo com a comunicação não começa com a ação contra a TV Mossoró. Ele já foi alvo de ação da Polícia Federal por crimes contra a radiodifusão por manter uma estação de rádio em funcionamento sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O processo acabou prescrevendo e arquivado em 2 de julho de 2009.
O autor da ação contra a TV Mossoró também está em processo de divórcio litigioso.
Advogados diferentes dos causídicos assinam em conjunto com ele a ação contra a TV Mossoró. Para isso ele, embora tenha solicitado justiça gratuita alegando não ter condições de arcar com as custas do processo sem comprometer o orçamento, contratou o "Escritório Edmar Vieira, Emmanoel Antas, Humberto Fernandes, Izabel Fernandes, Olavo Hamilton e Pedro Fernandes", um dos mais caros do interior do Estado que defendem os interesses pessoais da prefeita Fafá Rosado (DEM) e de integrantes do grupo político dela como o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), o chefe de gabinete do Palácio da Resistência, Gustavo Rosado, e o secretário municipal da Cidadania, Francisco Carlos. Entre os sócios do escritório que move a ação contra a emissora está o procurador-geral do município, Olavo Hamilton.
O escritório, a pedido do grupo que ocupa o Palácio da Resistência, move vários processos contra a TV Mossoró, 93 FM, revista Papangu e o jornalista Carlos Santos. Eles diminuíram o número das ações após excesso de provocações à Justiça contra este último se tornarem notícia nacional e repercutirem até no exterior.

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