quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PATRICIA ACIOLI, JUÍZA LINHA-DURA COM GRUPOS DE EXTERMÍNIO DE SÃO GONÇALO, É MORTA NA PORTA DE CASA

A juíza Patricia Acioli, da 4ª Vara Criminal, de São Gonçalo, foi assassinada no início da madrugada desta sexta-feira, com mais de 10 tiros, quando chegava em casa, em Piratininga, Niterói. Segundo testemunhas, dois homens numa moto efetuaram os disparos antes mesmo que ela saísse do carro. Patricia Acioli, de 44 anos, era conhecida por uma atuação dura contra a ação de grupos de extermínio na região. Policiais do 7º BPM (São Gonçalo) denunciados por homicídio em casos que foram registrados, inicialmente, como autos de resistência, seriam julgados pela juíza, que era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo desde 1999. Ela era a única que julgava processos de homicídio — e crimes correlatos — na cidade. Conhecida pelo rigor na hora de inquirir os réus e por dar celeridade aos processos, ela considera o crime cometido por um policial durante o serviço mais grave que o praticado por um cidadão comum. Recentemente, ela havia prendido quatro milicianos do bairro Luiz Caçador — responsáveis por mais de cem homicídios — e outros sete do bairro Engenho Pequeno. Além disso, mandou prender Luiz Anderson de Azeredo Coutinho, tido como o maior bicheiro de São Gonçalo. Marcada para morrer Além da juíza, faziam parte da lista o promotor Paulo Roberto Mello Cunha, do Tribunal do Júri do município; três policiais do Núcleo de Homicídios da 72ª DP (Mutuá); o delegado Geraldo Assed; além de testemunhas dos crimes, entre elas a mãe de uma das vítimas, e até mesmo os próprios integrantes do grupo de extermínio que o apontaram como sendo líder do bando. Patricia Acioli dizia não ter medo de morrer. — Quem quer fazer algo vai e faz, não fica ameaçando. Ninguém morre antes da hora — declarou em uma entrevista a "O Globo". Outro atentado Homem de confiança da juíza também sofreu um atentado. O cabo PM Marcelo Poubel de Araújo, de 35 anos, foi baleado na Niterói-Manilha, altura do bairro Boa Vista, em São Gonçalo. Ele viajava na moto Honda Twister verde LOI-1986, na pista sentido Niterói, quando foi atacado a tiros por dois homens numa moto Falcon verde, sem placa. O policial reagiu. Segundo investigações da polícia, 12 pessoas envolvidas no grupo teriam executado 11 pessoas em São Gonçalo. Dois dos policiais presos são lotados no 12º BPM (Niterói) e outros dois fazem parte do 7º BPM (Alcântara). A juíza havia expedido os mandados de prisão.

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